segunda-feira, 5 de novembro de 2007

E após quatro meses, mais um acidente aéreo



Que a aviação brasileira está em crise, é um fato. Isso é discutido desde que o Boeing 737-800 se chocou com outro no norte de Mato Grosso, em setembro de 2006. Mal foram descobertas as causa do acidente com o vôo da Tam 3054 em Julho de 2007, e após quatro meses um outro desastre.
O helicóptero que caiu ontem, dia quatro de novembro, no bairro da Casa Verde, Zona norte de São Paulo, abalou os moradores. O bairro que é conhecido com alegria como o mais tradicional do carnaval de São Paulo, devido as escolas de samba Império da Casa Verde e Camisa Verde e Branco, nesse domingo, chorou. Apesar do acidente e de toda a dor dos familiares, ainda é necessário encontrar forças e agradecer à Deus. A única casa que foi totalmente destruída abrigava uma família de 12 pessoas, e que na hora do acidente estavam seis, e obviamente, todos morreram.
È claro que esse acidente em relação à quantidade de vítimas não pode ser comparado com os anteriores, pois a proporção é muito menor; nesse, apenas oito pessoas morreram (seis moradores da casa e dois incluindo o piloto e co-piloto), no último 199. Mesmo quem não teve nenhum dos parentes mortos nesses acidentes se comove com as entrevistas, com o barulho dos estrondos, com a coragem dos bombeiros, e a pergunta: Como será daqui para frente.
O que é necessário fazer para que esses acidentes sejam evitados? Investir em infra-estrutura tanto das pistas como dos aviões ou o governo pagar um seguro de vida para os moradores das regiões próximas aos aeroportos e agora, também ao Campo de Marte? È claro que quando o Campo de Marte foi inaugurado, no século XX, a população de São Paulo era bem menor e menos urbanizada, mas a cidade cresceu e com isso, talvez, tenha faltado segurança necessária nessas regiões.
Mas, isso tudo para nós fica esquecido, até que outro assunto ocupe as telas da televisão e as páginas no impresso. A dúvida que fica na minha cabeça é uma só: Quantos acidentes terão que acontecer para que alguma providência seja tomada?
Tantos órgãos, tantas siglas, tantas pessoas envolvidas na hierarquia dessas empresas, tantas notas que rolam, e parece que faltam investimentos em nossa aviação. Uma hora é problema na pista, outra é com o avião, revista diz que a culpa é do piloto, outras dizem que não. E dessa vez? Dentro de quem sabe, quarenta dias, teremos uma resposta.
Enquanto as causas desse último acidente ainda estão sendo analisadas, ficamos aqui com dados: hoje foi na Casa verde, ontem no Aeroporto, e amanha? Qual a probabilidade de ser na Zona Oeste, onde eu moro?

Ana Cláudia Luiz

domingo, 4 de novembro de 2007

Zagati: um sinéfilo apaixonado




José Luiz Zagati, 57, é um apaixonado por cinema, tanto que aos domingos reserva um espaço de sua garagem para transmitir filmes às crianças da região de Taboão da Serra. Zagati, como é conhecido em seu bairro, já foi tema de documentário francês, apareceu em diversos programas de televisão e em vários eventos do cinema brasileiro. Com isso tudo, e sem nenhum apoio financeiro, ele tem um sonho: construir sua própria sala de cinema.

D-O-B: Quando e por que você veio para São Paulo?
Eu nasci em 1950 e aos 5 anos de idade a minha irmã me trouxe do interior de São Paulo e logo em seguida veio o meu pai para conseguir algum dinheiro para voltar ao interior e construir um terreno próprio. Ele veio para São Paulo tentar ganhar um dinheiro e acabou ficando por aqui.

D-O-B: O Senhor é hoje uma pessoa conhecida pelo seu trabalho. Quais foram as dificuldades enfrentadas?
Foram todas as dificuldades possíveis. Em 1990, eu fiquei desempregado. Já estava com 40 anos. Tentei montar um negócio próprio só que não deu certo. Então eu resolvi voltar a procurar emprego e não consegui mais. Aí por questão de necessidade eu comecei a trabalhar como catador de papel para ajudar a minha família. E aí eu comecei a achar todo o tipo de coisa relacionado ao cinema, caixa de filme, resto de projetor, exatamente com esse trabalho.

D-O-B: O mini-cine é um projeto voltado só para crianças?
Sempre foi. O público-alvo são as crianças de Taboão da Serra. Como em qualquer parte do Brasil, existe muita criança e aqui na periferia principalmente. Elas são muito carentes, né?
Nos anos 70 tinha o Cine-Tupi que nunca mais voltou e nos anos 90 nós criamos o mini-cine Tupi. È um cineminha modesto que tenta atender à criançada de escola e da rua também. Na verdade, o cinema é para todos, como idosos e pessoas de igreja que querem assistir determinado filme. É simples, mas é aberto a todos.

D-O-B: Os filmes são transmitidos em quais dias da semana?
Os filmes são transmitidos de terças, quartas, quintas e domingos, mas se alguém quiser assistir algum filme fora desses dias, não tem problema. A gente apresenta também um programa da prefeitura chamado Circulação Cultural, que é na comunidade, envolvendo teatro, música, outras atividades culturais e o cinema para fechar.

D-O-B: Fale sobre o empresário da região que fez doações:
Então, eu comecei a construir, e aí um empresário daqui de Taboão da Serra, é dono de uma casa de materiais de construção e veio até aqui. Hoje, ele é um empresário, mas quando ele veio pra cá da Bahia também foi catador de papel e ele disse que ia me ajudar com um pouco de material, como areia e cimento e depois eu agradeci. Tive ajuda também do pessoal da favela do Heliópolis, quando as crianças começaram a vender doces e arrecadaram mil reais, me ajudando a terminar de construir o espaço.

D-O-B: Já existe a idéia de criar novas salas em outros lugares?
Expandir para outros lugares inclusive a gente já faz. Pelo menos o cinema itinerante. A gente leva cinema para toda a comunidade Taboão da Serra, São Paulo, Grande São Paulo. Então, quer dizer, com material, equipamento obsoleto. Eu pretendo ter, não só o espaço físico, mas também equipamentos de melhor qualidade.

D-O-B: Você já foi a diversos programas de televisão, já esteve com pessoas envolvidas com a mídia que admiram seu trabalho, já fez e foi título de documentário, já ganhou alguns prêmios de cinema, entre outras coisas. Mesmo assim, ainda não conseguir concretizar o seu sonho. Na sua opinião, o que está faltando?
Olha, eu não sei o que está faltando. É interessante porque todo mundo reconhece meu trabalho. Eu não sei porque a gente não consegue. Todo mundo fala: “Zagati, parabéns! Continue como você está. Continue desse jeito.” E eu agradeço. Aí as pessoas vão pra rua, pegam o carro e vão embora, e eu continuo com o meu trabalho de catador. É engraçado. Eu continuo como eu estou. Eles acham que eu devo continuar assim para não me descaracterizar, mas não é isso que eu quero. Eu sonho com um espaço maior, aconchegante para a população. Esse é o meu sonho. As pessoas da televisão, da imprensa, personalidades, políticos, eles acham que eu devo continuar dessa maneira, sempre com essa característica. Acham que é bonitinho ficar assim.

D-O-B: Como você se sentiu quando soube que sua vida ia virar um documentário na França?
Olha, eu nunca me empolguei com nada não, viu? O primeiro foi um documentário e depois foi o do cinema, começou com festival e tal. Aí depois o pessoal da França me ligava, fizemos alguns contatos e até que chegou um dia que eles vieram para o Brasil e marcaram entrevista. As pessoas falavam: “Zagati, quando a imprensa estrangeira te conhecer e vier aqui, aí você vai ficar conhecido, porque aqui ninguém liga pra ajudar.” Eu ouvia aquilo, mas nunca liguei. Aí quando o pessoal da França me ligou eu achei que fosse melhorar. Foi gravado o documentário e ficou por isso mesmo. Eu nunca fui muito de ficar esperando das pessoas, não. Nada mudou.

D-O-B: Como você virou promotor de eventos do Governo do Estado de São Paulo?
Devido à imprensa. A imprensa leva o nome da gente, os grandes jornais. O ex-secretário de Cultura da época, Marcos Mendonça, mandou que um funcionário que era morador do Taboão da Serra viesse me procurar e me levou até lá. O Marcos Mendonça fez uma entrevista comigo e ele sabendo que nós éramos catadores de papel disse que eu estava contratado. Primeiramente, eu ia começar freqüentando as favelas de São Paulo, e a primeira foi a favela Alba, depois esticou o projeto para idosos, visitávamos asilos com o transporte da secretaria. Ficamos bastante tempo assim, e depois no interior de São Paulo, que eles mandavam fitas e nós íamos para lá. Eu fiquei lá até final do ano. Novo governo eu teria que prestar serviço interno.

D-O-B: Se sua vida fosse um filme, qual seria?
Eu não sei. Se a minha vida fosse um filme, seria exatamente como já disse o roteiro, né? A minha história toda, a minha vida: Zagati, um senhor pequenininho, a vida no cinema, a vinda para São Paulo, desde pequeno até virar adulto, as dificuldades com meu pai e minha mãe e com um sonho de fazer um dia um cinema.

sábado, 27 de outubro de 2007

Um bom lugar para se viver

Depois de ter falado um pouco do bairro onde moro, agora vou falar do Itaim Bibi, onde estudei onze anos e trabalho a quase três.

Por abrigar muitas empresas e lojas, é um bairro que tem muitas oportunidades de trabalho, além de oferecer ao trabalhador, condução para todas as regiões de São Paulo.

Para quem mora no Itaim, pode desfrutar de um comércio variado, em que o morador encontra tudo o que procura perto da sua casa, além de situarem restaurantes para todos os gostos.

Durante a semana é um lugar muito movimentado, mas nos sábados e domingos os moradores antigos, podem relaxar com um bairro muito sossegado, que nem parece o mesmo do decorrer da semana.

Já para os jovens o sossego não é tão bom, mas o Itaim é vizinho da Vila Olímpia e perto da Vila Madalena onde se encontra os melhores bares e baladas da região, fazendo com que a diversão do fim de semana esteja garantida.

Como em todos os bairros no Itaim também existi a violência, mas isso é um problema de São Paulo e não de cada bairro.

Juliana Lima

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Jardim Record: pontos positivos e negativos

Hoje vou tentar falar um pouco mais do meu bairro,tentar expor pontos positivos e negativos.

O Jardim Record é um bairro grande, considerado um bairro periferico de Taboão da Serra, aqui muita coisa precisa mudar, mas o bairro também tem coisas a oferecer. Hoje dando uma volta pelo Record, coisa que não faço sempre, pude ver que não é só o "Jardim Novo Record"(possível nome a ser dado a área perto de casa) que precisa de atenção da prefeitura, há muitas outras, que precisam de asfalto, água, luz...

Para entender melhor como as coisas eram por aqui, resolvi conversar com a Dona Cida, ela trabalha no mercadinho do meu pai e mora no Record a um bom tempo. Ela me disse que o bairro prosperou muito, que antes era um lugar vazio e hoje já há muitas famílias, o comércio aumentou, que é bom ter um Pronto Socorro perto. Dona Cida como muitos aqui do bairro, inclusive eu , gostamos quando o médico do posto vem nos visitar, em especial ele vai no "Jardim Novo Record" e atende a população em um consultório improvisado, é um espaço que pertence a uma Igreja evangélica. Em dias distintos o médico visita apenas os deficientes do bairro. Esse é um projeto que eu acho muito legal no Record.

Mas como nem tudo são flores, ainda conversando com a Dona Cida, ela revelou que não gosta muito de morar no Record, ela reclama de não ter creche para as crianças, de algumas ruas não serem asfaltadas, de não ter um posto de saúde mais próximo, reclama que falta uma atenção da prefeitura quanto as pessoas do bairro, o que realmente é verdade e visivel por todos.

Ontem fui entrevistar o seu Zagati, aquele do Mini-cine e fiquei muito feliz com as histórias que ele me contou, realmente ele tem muito amor pelo que faz. Mas como tudo tem dois lados, o lado negativo dessa história é que seu Zagati não tem nenhuma ajuda da prefeitura para manter seu projeto, os que ajudam são os próprios moradores do bairro, que fazem o que podem para não deixar o Mini-cine morrer, eu quis citar esse fato pois acho que é um grande exemplo de solidariedade para com um projeto tão bonito.

Uma curiosidade: o Pronto Socorro Municipal do Record é conhecido como PS do Antena, isso porquer a antena da Rádio Capital fica ao lado do Pronto Socorro. Então se alguém lhe perguntar onde fica o PS do Antena pode falar que é no Jardim Record.

Thainara P. Santos

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Religião e fé na comunidade

No meu post de hoje o assunto em pauta é religião.

No bairro do Butantã eu identifico duas igrejas evangélicas, uma batista, uma metodista, três católicas , dois centro espírita e um templo do candomblé. Essas igrejas estão localizadas próximo a Avenida Corifeu de Azevedo Marques, que vai desde a Vital Brasil até o começo de Osasco, mas essa contagem é apenas na proximidade da minha casa.

Chega a ser até engraçado porque bem na minha rua ficam as duas igrejas evangélicas e o templo de umbanda. Ao passar pela rua, sexta-feira a noite, é possível ouvir os gritos dos pastores com os tambores da religião afro-brasileira. Aos sábados, é a vez dos centro espíritas, e domingo das missas matinais, que em dias de festa, as missas são rezadas na rua ou na praça.

A minha família é toda católica, mas freqüentamos, às vezes, o centro espírita. Eu, já fui no Maria Magdala durante alguns meses, e a minha sobrinha freqüenta todos os sábados, o ACCV, Associação Cristã Caminhos da Verdade.

Esse Centro é praticamente freqüentado pela maioria das crianças da região, que ao chegarem, recebem o passe, a benção espírita, tomam café da manhã, realizam atividades separadas por idade, e após almoçarem vão embora.

Sinceramente, eu fui descobrir esse Centro a pouco tempo, e até hoje não sei como ele sobrevive financeiramente. No âmbito social, as ajudas são sempre bem vindas, como é o caso do médico, João Dib Mattar, que atende os frequentadores e familiares duas vezes por semana dentro do horário estipulado, ganham presentes em datas comemorativas e os pais, cesta básica no final do ano.

A Associação existe há aproximadamente quatro anos, é fica numa rua pouco movimentada do bairro, sem placa ou outdoor. Apesar de ser uma casa grande, é bastante discreta. As crianças são sempre muito bem vindas, mas devem seguir algumas normas, e a principal delas é em relação à faltas, sendo proibido haver mais de três sem justificativas, do contrário, estão expulsas.

A comunidade deve ser assim: tomar partido em prol dos moradores quando o sub-prefeito a esquece.

Ana Claudia Luiz

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Progresso Urbano

Créditos: Andressa Baccarin



Em um lugar meio escondido em Santo Amaro, na Zona Sul, fica o meu bairro: A Vila das Belezas. Assim como o nome já diz, considero uma beleza mesmo, mas dessa vez no sentido de como o bairro cresceu e como acompanhamos essa evolução.

Quando compramos a casa, a rua não era asfaltada, não tinha sinalização e o mais engraçado de tudo isso é que tínhamos que rezar para não ter chuvas fortes, porque senão o rio que acompanha a Avenida Carlos Caldeira Filho transbordava e alagava tudo. Meus vizinhos contam que a melhor coisa que ja fizeram pela região, foi canalizar o rio, pois eles não aguentavam mais limpar suas casas depois que a chuva passava.

Agora muita coisa mudou. Temos mais segurança e no dia 20 de Outubro de 2002 foi inaugurada a linha Lilás do Metrô.

Essa linha vai da estação Capão Redondo até Largo Treze.

http://wikimapia.org/406054/

Quando falo com meus amigos sobre o metrô eles brincam comigo falando que essa linha não liga nada com nada, mas isso não é verdade, porque podemos fazer transferência com a CPTM gratuitamente todos os dias.

Há muitas pessoas boas e que ajudam a comunidade, assim como Dona Maria a pessoa que mora a mais tempo no bairro: 60 anos. Ela é muito conhecida por ajudar os necessitados e os animais que largam na porta da sua casa. Ela comenta ainda que faz isso de coração, porque sente muito orgulho do lugar em que passou a vida.

Realmente o meu bairro tem muitas coisas boas para compartilhar e muitas pessoas que eu conversei que gostaria de comentar, pois estiveram no lugar e na data das mudanças do meu bairro O lugar que eu nasci, cresci, brinquei muito na rua e andei de bicicleta.

Essa é a Vila das Belezas !!

Andressa M. Baccarin

A Lapa tem cidadãos

Um pouco sobre personalidades da Lapa

Bom, como eu havia citado em meu post anterior o alto índice de assaltos na Lapa resolvi contar para vocês o trabalho de uma pessoa que eu particularmente admiro muito que tira crianças da rua e evita que elas se tornem bandidos.

Vamos lá, a pessoa de que falo é o Padre Euclides que reza missas na igreja Cristo Jovem que por sua vez fica ao lado de dois colégios. Ele tem um carinho especial pela comunidade carente que freqüenta a igreja.

Vocês devem pensar que é alguma chatice de propaganda religiosa, mas na verdade não é. Ele além de ajudar os menos afortunados distribuindo roupas e alimentos doados, o padre também cuida de crianças cujas mães deixam lá na igreja para sair. É uma espécie de serviço de babá gratuito.

Padre Euclides nunca reclamou, muito pelo contrário, ele é uma pessoa tão pacífica e bondosa que não consegue negar favor algum para ninguém. Quando estava com pneumonia foi rezar missa em uma comunidade distante, dar comunhão a pessoas doentes, enfim se sacrifica pela comunidade.

São pessoas como ele que tem feito com que crianças com famílias desestruturadas ou atém mesmo sem não virem trombadinhas. Essa dedicação que muitas vezes é onerosa (ele não ganha dinheiro com isso, simplesmente ajuda), não tem preço para a sociedade.

Uma criança abandonada hoje é o ladrão de amanhã. Parabéns Padre Euclides pelo carinho, pela fé e por me fazer acreditar que se todos fizessem sua parte o mundo seria melhor.

Até a próxima!

Amanda Constantino

terça-feira, 9 de outubro de 2007

O bairro que eu moro

Grande São Paulo...Taboão da Serra, mais precisamente no Jardim Record é onde eu moro. Faz apenas três anos que vivo aqui, devo confessar que não gostava muito desse lugar, mas hoje já superei a mudança e vejo o Record de uma forma diferente.

De um tempo pra cá comecei a dar mais atenção a esse bairro e a observar o que ele tem para oferecer a população. Percebi então que esse é o lugar que a minha vida e a da minha família começou a mudar, onde as oportunidades começaram a aparecer e onde meu pai faz sucesso com seu comércio. Não é da minha vida que venho falar, mas devo coloca-lá como exemplo de prosperidade, da mesma forma que devo falar que muitas coisas tem que mudar por aqui.

Eu moro perto de uma área que foi invadida há poucos anos, um espaço grande que muitas famílias construiram suas casas e adotaram como lar. Não foi fácil se manterem nesse lugar, aconteceram muitas manifestações e ameaças de despejo, mas graças a força, coragem e esperança essas centenas de famílias conseguiram esse espaço. Eu defendo dessa forma, pois acredito que ninguém faz isso porque quer mas sim porque precisa e o governo deve dar mais atenção a essas pessoas e não apenas julgá-las como um bando de baderneiros, até porque gente que não presta e que faz baderna existe em todos os lugares até mesmo no governo.

No meu bairro também existe gente com boa iniciativa, é o caso do senhor José Luiz Zagati, de 54 anos, que embala o sonho de construir um Mini Cine para as crianças carentes do bairro. Ele já projeta os filmes todos os domingos na garagem de sua casa, mas, como a garagem é descoberta, todos os materiais estão se deteriorando. Um empresário já doou um pouco de material para a construção do Mini Cine, e seu José já começou a levantar as primeiras paredes, enquanto sonha com o fim da obra.

É isso aí, espero que tenham gostado e conhecido um pouco do bairro em que vivo, e você que mora ou conhece o Jardim Record e queira acrescentar algo é só comentar.

Thainara P. Santos

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Conheça um pouco mais do Jardim Ângela...

...zona sul de São Paulo, fica perto de Santo Amaro e do lado do Capão Redondo. Antigamente era assim que se falava a localização do bairro onde eu moro, mas depois que foi considerada pela ONU como a região mais violenta do mundo,o Jardim Ângela ficou mais conhecido. Agora e só falar que eu moro no Ângela.

Morar no Ângela hoje em dia é uma delícia, mas não foi sempre assim, como as pesquisas falam era um bairro muito perigoso.Eu admito nunca ter presenciado nenhuma violência, mas a lenda diz que nas madrugadas o bicho pegava e muita gente morria.

Felizmente as coisas mudaram, com a ajuda da comunidade, da polícia e da prefeitura municipal o Ângela combateu a violência,reduzindo o índice de criminalidade. Com isso tornou-se um exemplo de esperança, além de trazer conforto para os moradores e também ajudar no desenvolvimento do comércio na região.

Mesmo com todo esse desenvolvimento ainda existe um preconceito com os moradores, que são vistos com espanto quando sitam o bairro onde moram, trazendo até dificuldades para se conseguir um emprego. Talvez seja difícil entender que todo lugar é perigoso, mas um bairro não qualifica uma pessoa.

Juliana Lima

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Meu bairro e seus problemas

Quando fizemos esse blog pensamos em falar da história, dos problemas e das soluções adotadas para tentar resolve-los, mas como somos muito diferentes e possuímos opiniões diversas decidimos que cada uma postaria do seu modo.

Por ser a mais “polêmica” decidi que nesse primeiro post ao invés de dar uma aula eu vou resumir muito a história do bairro onde nasci, cresci e moro até hoje, a Lapa. Mas não é o Alto da Lapa, é a Lapa de Baixo mesmo, aquela dos camelôs.

Bom, esse bairro só foi definido como urbano na virada do século XX quando as fazendas de café de São Paulo estavam se transformando em loteamentos e as oficinas da Estrada de Ferro São Paulo Railway estavam sendo instaladas, o que incentivou o surgimento das primeiras indústrias.

Como uma coisa leva a outra, muitos imigrantes vieram trabalhar aqui e fixaram residência, um pequeno comércio local foi criado e depois de alguns anos cresceu.

Essa foi a história e agora vem minha parte favorita, falar dos problemas. Hora os prefeitos da cidade querem tirar os ambulantes das ruas, hora querem tirar placas, mas no fundo ninguém fez nada para melhorar a segurança de quem mora ou passa por aqui.

Sim, os índices de assalto são muito grandes. Temos vários “bandidinhos” (muito são crianças) nas principais ruas prontos para pegar bolsas e sair correndo.

Eu mesma já passei por isso. Estava na Rua Doze de Outubro quando uma garotinha de uns 6 anos agarrou a minha mão e levou meu anel do humor. Ainda bem que era biju.

Onde já se viu, uma garota de 6 anos roubando, ela deveria estar na escola!

Esse episódio e o do celular delicadamente arrancado da minha bolsa foram os mais calmos. O pior deles foi na rua da minha casa quando um rapaz de seus 17 anos me pegou pelo pescoço e quando viu que eu não tinha dinheiro me bateu.

Mas apesar de todo o trauma que me deixou trancada em casa por alguns dias, hoje eu tenho uma visão diferente da maioria das pessoas.

Espero que meus livros que esse assaltante levou sirvam para ele estudar, a garotinha que ela seja feliz e tenha infância e não faça mais nada ilegal e o meu celular não vá para a cadeia e faça ligações de falso seqüestro.

No meu próximo post vou redigir a respeito de como fazer para evitar que crianças e jovens virem bandidos. Essa receita quem me deu foi uma pessoa que admiro muito. Aguardem.

Esse foi meu primeiro post aqui. Espero que vocês gostem e comentem.

Amanda Constantino

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Bairro de Pinheiros

Créditos: Andressa Baccarin


Como combinado era para todas escreverem um pouquinho sobre o bairro que vivemos, mas vou falar hoje do bairro em que trabalho.

Pinheiros não é só um lugar para grandes empresas, mas também onde podemos encontrar diversas coisas para presentes ou mesmo ir só para conhecer o tão falado: Largo da Batata. Podemos ir até lá, a pé e de quinta-feira tem uma feira que ai meu Deus... Uma perdição! Quem nunca foi lá pra comer um pastelzinho ou tomar um caldo de cana, não sabe o que está perdendo.

Claro que, como todo bairro, ele tem um acontecimento bem interessante e nesse caso foi um hoje.

Uma manifestação aconteceu às 14hs em frente à Editora Abril. Dezoito jovens queimaram exemplares da Revista Veja, em que a matéria capa fala de Che Guevara. Eu estava trabalhando na hora, ninguém percebeu. Só notei algo diferente, quando olhei pra fora e vi o carro da Record em frente, mas como a Mônica Veloso estava no prédio nem dei atenção, porque pensei que eram os paparazzi.

Enfim, adoro trabalhar em Pinheiros e quem tiver a oportunidade de conhecer a Editora e saber como funciona uma redação é melhor ainda, porque é bem diferente do que imaginamos.

Andressa M. Baccarin

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Butantã: Recinto maranhense

Sempre que falo para alguém aonde eu moro, as pessoas logo assimilam o bairro às cobras,como se o Instituto Butantã, um dos principais centros de pesquisa, fundado em 1901,fosse a única importância do meu bairro. É claro que o Instituto merece todo o reconhecimento porém, hoje eu quero escrever sobre um assunto bem marcante no bairro do Butanta: Cultura.

Pra começar a escrever sobre cultura é preciso citar o Morro do Querosene, que fica próximo às Avenidas Dr. Vital Brasil e Corifeu de Azevedo Marques e da Rodovia Raposo Tavares. O Morro do querosene é tradicionalmente conhecido pela presença crescente de migrantes maranhenses e a influência de danças típicas como o bumba-meu-boi, o cacuriá de Dona Teté, o coco e o tambor de crioula.

Organizada pelo cantor e compositor Tião Carvalho,a festa do Bumba-meu-boi ocorre três vezes por ano, simbolizando respectivamente,o nascimento,o batismo e a morte do boi. É presença garantida de no mínimo, três mil pessoas.

Ao redor da festividade, que ocorre em uma grande praça redonda, ficam as barracas de comida, de roupas e todo o tipo de artesanato. Ao centro, é feita a encenação do boi de acordo com um dos três temas. O boi sempre inquieto, as moças com suas saias coloridas rodopiando e os homens tocando sem parar.

A minha grande satisfação ao frequentar as festas do Morro do Querosene é a integração. Lá é possível encontrar pessoas com todos os tipos de cabelo, roupa,cor de pele e sotaques. Mas, apesar disso, possuem algo em comum:apreciam uma cultura não transmitida pelos grandes veículos de comunicação.


Ana Claudia de Sousa Luiz

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Primeiro Post

Olá, esse é nosso primeiro Post.

Estamos preparando conteúdo de qualidade e acima de tudo responsável.

Em breve estaremos com novidades.

Até logo.