quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Meu bairro e seus problemas

Quando fizemos esse blog pensamos em falar da história, dos problemas e das soluções adotadas para tentar resolve-los, mas como somos muito diferentes e possuímos opiniões diversas decidimos que cada uma postaria do seu modo.

Por ser a mais “polêmica” decidi que nesse primeiro post ao invés de dar uma aula eu vou resumir muito a história do bairro onde nasci, cresci e moro até hoje, a Lapa. Mas não é o Alto da Lapa, é a Lapa de Baixo mesmo, aquela dos camelôs.

Bom, esse bairro só foi definido como urbano na virada do século XX quando as fazendas de café de São Paulo estavam se transformando em loteamentos e as oficinas da Estrada de Ferro São Paulo Railway estavam sendo instaladas, o que incentivou o surgimento das primeiras indústrias.

Como uma coisa leva a outra, muitos imigrantes vieram trabalhar aqui e fixaram residência, um pequeno comércio local foi criado e depois de alguns anos cresceu.

Essa foi a história e agora vem minha parte favorita, falar dos problemas. Hora os prefeitos da cidade querem tirar os ambulantes das ruas, hora querem tirar placas, mas no fundo ninguém fez nada para melhorar a segurança de quem mora ou passa por aqui.

Sim, os índices de assalto são muito grandes. Temos vários “bandidinhos” (muito são crianças) nas principais ruas prontos para pegar bolsas e sair correndo.

Eu mesma já passei por isso. Estava na Rua Doze de Outubro quando uma garotinha de uns 6 anos agarrou a minha mão e levou meu anel do humor. Ainda bem que era biju.

Onde já se viu, uma garota de 6 anos roubando, ela deveria estar na escola!

Esse episódio e o do celular delicadamente arrancado da minha bolsa foram os mais calmos. O pior deles foi na rua da minha casa quando um rapaz de seus 17 anos me pegou pelo pescoço e quando viu que eu não tinha dinheiro me bateu.

Mas apesar de todo o trauma que me deixou trancada em casa por alguns dias, hoje eu tenho uma visão diferente da maioria das pessoas.

Espero que meus livros que esse assaltante levou sirvam para ele estudar, a garotinha que ela seja feliz e tenha infância e não faça mais nada ilegal e o meu celular não vá para a cadeia e faça ligações de falso seqüestro.

No meu próximo post vou redigir a respeito de como fazer para evitar que crianças e jovens virem bandidos. Essa receita quem me deu foi uma pessoa que admiro muito. Aguardem.

Esse foi meu primeiro post aqui. Espero que vocês gostem e comentem.

Amanda Constantino

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Bairro de Pinheiros

Créditos: Andressa Baccarin


Como combinado era para todas escreverem um pouquinho sobre o bairro que vivemos, mas vou falar hoje do bairro em que trabalho.

Pinheiros não é só um lugar para grandes empresas, mas também onde podemos encontrar diversas coisas para presentes ou mesmo ir só para conhecer o tão falado: Largo da Batata. Podemos ir até lá, a pé e de quinta-feira tem uma feira que ai meu Deus... Uma perdição! Quem nunca foi lá pra comer um pastelzinho ou tomar um caldo de cana, não sabe o que está perdendo.

Claro que, como todo bairro, ele tem um acontecimento bem interessante e nesse caso foi um hoje.

Uma manifestação aconteceu às 14hs em frente à Editora Abril. Dezoito jovens queimaram exemplares da Revista Veja, em que a matéria capa fala de Che Guevara. Eu estava trabalhando na hora, ninguém percebeu. Só notei algo diferente, quando olhei pra fora e vi o carro da Record em frente, mas como a Mônica Veloso estava no prédio nem dei atenção, porque pensei que eram os paparazzi.

Enfim, adoro trabalhar em Pinheiros e quem tiver a oportunidade de conhecer a Editora e saber como funciona uma redação é melhor ainda, porque é bem diferente do que imaginamos.

Andressa M. Baccarin

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Butantã: Recinto maranhense

Sempre que falo para alguém aonde eu moro, as pessoas logo assimilam o bairro às cobras,como se o Instituto Butantã, um dos principais centros de pesquisa, fundado em 1901,fosse a única importância do meu bairro. É claro que o Instituto merece todo o reconhecimento porém, hoje eu quero escrever sobre um assunto bem marcante no bairro do Butanta: Cultura.

Pra começar a escrever sobre cultura é preciso citar o Morro do Querosene, que fica próximo às Avenidas Dr. Vital Brasil e Corifeu de Azevedo Marques e da Rodovia Raposo Tavares. O Morro do querosene é tradicionalmente conhecido pela presença crescente de migrantes maranhenses e a influência de danças típicas como o bumba-meu-boi, o cacuriá de Dona Teté, o coco e o tambor de crioula.

Organizada pelo cantor e compositor Tião Carvalho,a festa do Bumba-meu-boi ocorre três vezes por ano, simbolizando respectivamente,o nascimento,o batismo e a morte do boi. É presença garantida de no mínimo, três mil pessoas.

Ao redor da festividade, que ocorre em uma grande praça redonda, ficam as barracas de comida, de roupas e todo o tipo de artesanato. Ao centro, é feita a encenação do boi de acordo com um dos três temas. O boi sempre inquieto, as moças com suas saias coloridas rodopiando e os homens tocando sem parar.

A minha grande satisfação ao frequentar as festas do Morro do Querosene é a integração. Lá é possível encontrar pessoas com todos os tipos de cabelo, roupa,cor de pele e sotaques. Mas, apesar disso, possuem algo em comum:apreciam uma cultura não transmitida pelos grandes veículos de comunicação.


Ana Claudia de Sousa Luiz